O que aconteceria se eu fosse atingido por um raio?
Ao contrário das representações fantasiosas dos filmes de Hollywood, um raio não nos dá superpoderes instantâneos. Então, o que realmente acontece com nossos corpos quando essas gigantescas descargas elétricas nos atingem?
Estatísticas de Incidência
Nos Estados Unidos, aproximadamente 243 pessoas são atingidas por raios a cada ano, e 27 delas acabam falecendo. Esses números nos revelam que ser atingido por um raio raramente tem um desfecho positivo. Globalmente, os raios atingem a Terra cerca de 44 vezes por segundo, totalizando quase 1,4 bilhão de raios por ano. Essa impressionante frequência resulta em ferimentos para aproximadamente 240 mil pessoas e na morte de 24 mil indivíduos anualmente.
Efeitos no Corpo Humano ao receber um raio
Um raio, carregando 10 milhões de volts de energia, pode causar danos sérios aos sistemas do corpo humano, especialmente os sistemas circulatório, respiratório e nervoso. A maioria das mortes ocorre devido a paradas cardíacas, pois a corrente elétrica pode interromper o ritmo natural do coração. De forma paradoxal, administrar um choque elétrico com um desfibrilador após alguém ser eletrocutado por um raio pode aumentar suas chances de sobrevivência.
Os raios também podem paralisar o sistema respiratório devido à intensa corrente elétrica, tornando a respiração artificial essencial para salvar as vítimas. A magnitude dos danos depende da trajetória do raio pelo corpo e da intensidade da descarga elétrica.
Probabilidades de Risco de ser atingido por um Raio
Relatórios indicam que homens são mais frequentemente vítimas de raios do que mulheres. Isso se deve, possivelmente, ao fato de os homens estarem mais frequentemente em situações onde se expõem ao risco, como atividades ao ar livre que dificultam encontrar abrigo rapidamente.
Entre 2006 e 2019, os EUA registraram 418 mortes causadas por raios. A pesca foi a atividade mais perigosa, resultando em 40 dessas mortes. A maioria das pessoas tem uma chance de 1 em 1,2 milhão de ser atingida por um raio em qualquer lugar dos Estados Unidos.
Casos Excepcionais
No entanto, algumas histórias desafiam as probabilidades. O ex-guarda-florestal Roy C. Sullivan foi atingido por raios sete vezes entre 1942 e 1977 e sobreviveu a todas essas incidências. Sua morte em 1983, por suicídio, foi atribuída a problemas pessoais, e não aos efeitos dos raios.
Conclusão sobre o raio
Apesar de sua raridade, os raios representam um perigo real e podem ter efeitos devastadores sobre os corpos humanos. O conhecimento sobre esses riscos e as medidas de prevenção são cruciais para reduzir o número de vítimas. A história de Roy C. Sullivan ilustra tanto a imprevisibilidade dos raios quanto a incrível capacidade de resistência humana.
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